No
filme Temple Grandin a protagonista vive um dilema de conquistas e de
desenvolvimento pessoal e profissional. A protagonista, portadora de Transtorno do Espectro Autista com características funcionais, Temple encontra apoio em sua mãe e
no professor da faculdade, devido a esperança e a sensibilidade que estes dois
personagem dedicam as possíveis
potencialidades a serem desenvolvidas na protagonista.
No
filme demonstra a falta de entendimento sobre a síndrome da protagonista por
todos aqueles que a rodeiam. E assim segue uma história de uma portadora de
necessidades especiais que vence barreiras do preconceito da normatização e que
vivencia as ações positivas e negativas da romantização da deficiência.
Mas
o que é romantização das deficiências? Este termo refere-se a dar
possibilidades a uma pessoa deficiente exercer atividades e usufruir o mesmo
espaço que uma pessoa dita normal.
Porém, deve ser reconhecido o limite do portador da deficiência para que seja
reconhecida as possíveis potencialidades a serem exploradas.
É
preciso que o indivíduo com necessidades especiais tenha consciência de suas
limitações, e com isso, possa se conhecer melhor. Faz-se uma crítica em relação
à romantização das deficiências, no sentido que muitas vezes se quer que o
deficiente execute atividades que pessoas sem deficiências realizam: isso
remete a uma ideia de normalização, no sentido de que o deficiente deve parecer
o mais “normal” possível, o que implica de certa forma uma negação das
deficiências. Colocar um individuo numa posição para se parecer com os demais,
desconsiderando as suas limitações, não é a melhor forma de incluí-lo, e não é
com esse tipo de atitudes que as representações sociais irão mudar.
E
assim foi essencial para Temple, pois todos reconheciam a sua diferencia, porém
os que exerceram a sensibilidade deram espaço para Temple Grandin a se
profissionalizar e a se impor mediante aos preconceitos que muito exercia sob
ela.
O
professor que se sensibilizou com as potencialidades de Temple transcendeu aos
modelos tradicionais de ensino, bastante praticado por seus colegas, também
docentes de Temple Grandin. Nisso deu possibilidades de Temple se socializar
com outros, também ditos diferentes e com outros alunos ditos normais.
Um
ensino de qualidade e humanitário se dá sobe uma condução político-pedagógica
que tem por objetivo uma comunicação entre saberes diferentes e o favorecimento
a abertura de relações. A qualidade de ensino está pautadas em ações de
“solidariedade, colaboração, compartilhamento do processo educativo”.
Portanto,
para ser resguardado a qualidade de ensino, as práticas e técnicas pedagógicas
são respautada na experimentação, na descoberta, na co-autoria do conhecimento.
No
processo de desenvolvimento de Temple houve inclusão, pois além de haver
superação também lhe foi proporcionado relação com o diferente. Tanto no
trabalho, no ambiente do lar e escolar Temple e os que lhe rodeavam tiveram
experiência de descobertas com o diferente e com o outro que lhe causa o
estranhamento, provocando neste relação um movimento de aproximação e afastamento.
Mediante
a este movimento, ações políticas-pedagógicas ocorrem em pró a inclusão da
diferença, criando espaços e exercendo metodologias que atendam as necessidades
dos alunos. Ou seja, aqui existe uma correlação entre
instituição-professor-aluno.
A
instituição deve garantir educação a todos sem discriminação de qualquer
gênero, tipo de preconceito ou portabilidade de deficiência. Contribuindo a
missão implicada a instituição educacional, professor facilita diretamente ao
público alvo desta mesma instituição exercendo a função de acompanhar o
processo de desenvolvimento dos alunos presentes em sua turma.
Também
o mesmo profissional citado é convidado a superar a sua formação criando em si
o exercício da sensibilidade exercendo assim papeis de mediador e criador desta
relação de inclusão e ressignificação desta educação inovadora. Já o aluno
corresponde aos espaços a ele concedido de tornar-se cidadão em comum aos
outros.
Sendo assim, a instituição é convocada a
adaptar-se as necessidades comuns estruturais e curriculares oferecendo suporte
aos seus discentes à aquilo que torna-se notório às suas diferenças. Estas
ações políticas-pedagógicas levam em questão ao projeto pedagógico da escola
que deve ser centrada no aluno e bem assistida pelos membros familiares.
Toda
escola é inclusiva porque os alunos são diferentes entre eles e, portanto, é
preciso que existam eixos norteadores para que as escolas possam se estruturar
de uma forma que leve em consideração as diferenças na sala de aula, e que para
que esses alunos sejam inseridos em condições adequadas. Assim, toda mudança
curricular e metodológica deve ser pensada não somente em relação à educação
inclusiva, mas sim levando em consideração o projeto pedagógico da escola como
um todo.
Esse
sentimento de coletividade e de participação contribui para a valorização da
diferença, e assim, nenhum aluno estaria excluído do convívio escolar como um
todo e teria a possibilidade de aprender.
Deste
modo, no processo de inclusão, é fundamental o papel dos professores que devem
explorar da melhor forma possível as habilidades dos alunos, investindo nelas
e possibilitando meios para que eles
tenham um bom desempenho, levando em consideração as diferenças mas não para
restringir o processo de ensino, e sim para considerar as singularidades de
cada um promovendo diálogo.
É
preciso que aconteça uma reestruturação do projeto pedagógico, que o ensino
esteja voltado para a turma como um todo, e que seja um ensino onde há diálogo,
interação, e que o saber não seja transmitido de forma unidirecional e
hierarquizada. Uma sala de aula inclusiva não se baseia numa intervenção
individual, mas num planejamento de um programa que alcance todos os alunos e
aonde todos possam interagir.
Como
parti do projeto pedagógico da escola é importante considerar que a escola
garanta ao portador de necessidades especiais metodologias que dê espaço a
criatividade, utilizando da arte como recurso pedagógico. Desde já sabe-se que
a educação inclusiva é cara e esse seja um dos desafios que a escola deva
enfrentar.
Pois
pela arte poderá dar possibilidade do indivíduo a expressar o seu conhecimento,
suas realidades, as suas vivências, expõe suas habilidade e suas emoções,
também a arte assumi a possibilidades de ressignificar e desenvolver possíveis
habilidades humanas, tendo assistência devida de seus professores, tal como
Temple encontrou no seu professor e em sua mãe.
Assim
podemos notar que Temple através da sua criatividade conseguia encontra
condições de desenvolver a suas habilidades, que muitas vezes era condicionada
pelo própria forma de lidar com a
Síndrome. Pela arte o aluno desenvolve potencialidades tipo: percepção,
observação, imaginação e sensibilidade.
Portanto,
a arte torna-se um instrumento de inclusão,
tanto pelas características cognitiva que nela trás como os aspectos
lúdicos.
Autor: Roberto Freire
CRP - 11/09643
0 Comentários:
Postar um comentário