Boa tarde, pessoal,
Segue o texto da psicóloga e psicanalista da Clínica Arcádia de Psicologia Lorena Ximenes sobre alguns pontos interessantes sobre a psicanálise com crianças.
Boa leitura!
O pequeno Hans (1909) foi a primeira e única criança analisada por Freud e essa análise deu-se através dos relatos do pai de Hans, dos sintomas, sonhos e verbalizações da criança.
Na época, Freud não via a possibilidade de uma criança como um sujeito em análise, já que o método psicanalítico se baseia principalmente na “associação livre”, que consiste em verbalizar para o analista tudo que vem em mente, e a criança não tem a mesma capacidade de verbalização que um adulto. Esse caso foi um marco no desenvolvimento da psicanálise. Freud demonstrou que a realidade psíquica da criança se assemelha à do adulto em suas angústias, fantasias e desejos.
Em “Além do princípio do prazer” (1920), Freud traz um olhar diferenciado em relação ao brincar, considerando-o como recurso de enfrentamento de experiências traumáticas.
Freud não se aprofundou sobre a possibilidade de uma análise infantil, mas abriu espaço para que outros teóricos como Melanie Klein, Winnicott e Anna Freud o fizesse. De modo geral, esses teóricos trazem a ideia da análise infantil como um espaço onde a criança, através do brincar, pode expressar livremente suas fantasias, sentimentos e conflitos. Sendo o ato de brincar livremente comparado à associação livre do adulto.
São os adultos responsáveis pela criança que a levam até o analista e são eles os primeiros a falar sobre o sintoma. Sendo, portanto, fundamental a presença dos pais e um espaço de escuta a estes. Assim, os pais podem proporcionar o suporte necessário à manutenção do processo analítico, assim como contribuir para a o entendimento do lugar que a criança ocupa na família.
O psicanalista orienta aos pais como eles devem agir para auxiliarem seu filho a melhor.
Lorena Ximenes.
0 Comentários:
Postar um comentário